Petisco natural de banana e aveia para Pets – cães

Gente, que tal darmos petiscos saudáveis e feito em casa para os nosso peludinhos? A receita é super fácil e se eu consegui fazer, tenho certeza que todo mundo consegue!! 😉

Ingredientes: * 1 banana nanica madura, sem casca * 1 ovo * 50g de manteiga sem sal ou óleo de coco * 2 colheres de sopa de mel * 1 xícara de aveia em flocos * 1 colher de chá de canela em pó * Aproximadamente 2 xícaras farinha de aveia integral ou de quinoa ou polvilho doce: o suficiente para “dar o ponto” na massa

Fonte: site do cachorro verde //www.cachorroverde.com.br/biscoitos-de-banana-e-aveia/ inscreva-se aqui: https://www.youtube.com/channel/UCP07…

Recheio feito de comida para colocar no Kong

Você pode substituir a batata doce por mandioquinha, inhame ou arroz integral, lembrando que precisam estar bem cozidos. Você pode colocar legumes cozidos também e outras carnes. E lembre-se de forrar o local em que você oferecerá o Kong e após o uso, sempre lave para que não fique restos de comida no brinquedo.

Espero que o seu peludinho faça um ótimo proveito!!  🙂

Procura-se tutor responsável

Como vivemos em um momento em que a proteção animal se manifesta ativamente, fazendo grandes campanhas de adoção, contra maus-tratos e contra o abandono nas redes sociais, sinto que se trata de uma boa oportunidade para discutir a questão da adoção consciente.

Segundo Ricardo Dias, professor na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) – em entrevista concedida à revista Época –, “o brasileiro procura animal de estimação baseado em modismos de raça e tem baixa propensão a tentar manter o animal, diante de mudanças no estilo de vida”. Ou seja, é comum que o adotante não hesite em abandonar o cãozinho diante da primeira dificuldade encontrada. Esse dado é confirmado na mesma matéria por uma pesquisa que indica que 63% das pessoas não levariam seus cães caso se mudassem.

Embora o estudo mostre que um grande número de pessoas adota por impulso, também temos os adotantes que refletem bastante antes de adotar e, por conta disso, passam um bom tempo planejando a melhor forma de receber o novo membro da família. Esses, por sua vez, escolhem o local da casa em que ele dormirá, o banheirinho, calculam gastos fixos com alimentação e veterinário e até se programam para eventuais despesas, como a contratação de passeador, adestrador e creche.

Foi desse modo que Cintia (39), analista tributária da receita federal, programou-se para receber seu novo peludo. Há dois anos e meio morando em São Paulo, Cintia mudou-se para a capital, pois passou no concurso público da receita federal. Ela sabia que cuidar de um cãozinho sozinha seria trabalhoso, mas não imaginou que seria tanto! Samba, seu cachorrinho, entrou em sua vida por meio das redes sociais. Entre tantos peludinhos, Cintia encantou-se com a foto do vira-latinha de quatro meses, preto e com carinha de sapeca.

“A ideia inicial era adotar um cão adulto, porque eu sabia que poderia enfrentar alguns problemas que ando enfrentando com um filhote”, disse Cintia. Essa preocupação era pertinente à escolha, pois seria a primeira vez que ela cuidaria de um cachorro sozinha, sem o suporte da família que atualmente reside no Guarujá.

A mudança na rotina foi enorme, a analista tributária da receita que já acordava cedo, passou acordar ainda mais cedo para levar seu cãozinho para passear antes do trabalho.

Na hora do almoço, come em casa para encontrar o Samba e, no final da tarde, ela o leva para longos passeios. Contudo, mesmo com brinquedos disponíveis pela casa, comida de boa qualidade, passeios diários, sociabilização, Samba às vezes a surpreende; já ingeriu batata crua, destruiu os fios da TV e o apartamento começou a parecer uma casa de cachorro. Como o cãozinho tem muito energia, ela contratou um passeador para ajudar nos passeios e também começou aulas de adestramento. Além disso, ainda pensa em se mudar para uma casa que tenha mais espaço para o Samba correr e brincar.

Infelizmente, pessoas como a Cintia não são a maioria. E como vimos nos dados apresentados pela pesquisa, qualquer problema pode ser o suficiente para deixar o animalzinho para trás.

Cintia e seu cachorrinho Samba

Cintia e seu cachorrinho Samba

Segundo John Bradshaw, “Cada uma das raças (ou tipos) de cães se ajustou, ao longo de milhares de anos e do correspondente número de gerações, a uma tarefa a qual foi criada” (p. 17). Hoje, a maioria dos cães não precisam executar tarefas para sobreviver, pois fornecemos a eles tudo o que precisam; porém, “os cães hoje se encontram, sem nada terem feito para isso, à beira de uma crise: lutam para acompanhar o ritmo sempre crescente de mudanças na sociedade humana” (p. 17).

Exigir que um cão fique quieto o dia todo dentro de um apartamento é, no mínimo, uma ilusão, ainda mais quando trata-se de um filhote ou um cão recém adotado. Acreditar que ele compreende quando você diz de forma exaltada: “não pode comer isso”, “não pode morder aquilo”, “não pode subir aqui”, “eu que mando aqui” é algo absurdo. O cão consegue perceber que você está irritado pelo seu tom de voz e pela sua postura. Ou seja, uma bronca como o “Não”, funciona somente quando é aplicada alguns segundos após seu cãozinho fazer algo errado; mas de nada adiantará você brigar com ele horas após o ocorrido. Caso você grite, xingue ou bata em seu cachorro, ele apenas perceberá que você está muito bravo e pode associar esse momento a algo extremamente ruim. No caso de cães sensíveis, esse comportamento poderá deixá-lo traumatizado e levá-lo a desenvolver algum distúrbio de comportamento.

Quando uma criança pequena tem um comportamento inadequado, o ideal é você brigar com ela aos gritos ou tentar compreender os motivos que a levaram acometer tal atitude? Avaliar a situação para evitar que ela ocorra novamente seria uma decisão sensata. Você pode escolher ser um educador autoritário com essa criança ou não. Mas se pensarmos que o autoritarismo costuma resultar em uma relação ruim entre as partes, não seria melhor educá-la tendo como base o diálogo e o respeito?

Com cães não é diferente! Se você optou por ter um cãozinho em sua vida, dedique-se a ele! Procure atender as necessidades básicas do seu cachorro e, se ele destruir os brinquedos, faça festa, afinal, o brinquedo foi feito para essa finalidade, ou você achou que o brinquedo era mais um enfeite para a sala? Cachorros gostam de morder e brinquedos são feitos para serem mordidos, por isso é comum que ele destroce-o em minutos; mas dessa forma ele amenizará a destruição dos seus móveis e poderá até parar de roer os objetos da casa.

Mais uma vez recorro ao livro Cãosenso, de Bradshaw, que ressalta a alta exigência que temos com os nossos cães, “muitos cães mascotes vivem em ambientes urbanos circunscritos, e espera-se, ao mesmo tempo, que se comportem melhor que a média das crianças e que sejam tão confiáveis quanto os adultos. Como se essas novas obrigações não fossem suficientes, muitos cachorros ainda manifestam as adaptações que os tornaram adequados às suas funções originais – traços que agora exigimos que abandonem como se nunca tivessem existido. O collie que pastoreia as ovelhas é melhor amigo do pastor; o collie doméstico, que tenta pastorear as crianças e persegue bicicletas, é um pesadelo para o seu dono” (p. 18). Um cão que apresenta um comportamento que não agrada seus tutores pode facilmente ser deixado para trás, porque as pessoas não estão dispostas a tentar educá-lo e, assim, de uma hora para outra, o cãozinho que alegrava a família torna-se um grande problema, e a solução mais fácil é doá-lo. Como pudemos ver, o abandono ainda é bem comum, embora pareça irreal para algumas pessoas.

Márcia Colla, presidente do GPA – Grupo de Proteção do Vale do Ribeira – ressaltou o tema da adoção consciente em um texto que fez para uma campanha contra o abandono.

“Quando adotamos um animal de estimação, estabelecemos com ele um vínculo poderoso, uma relação duradoura de talvez, 15 a 20 anos. Neste tempo, assumimos uma série de responsabilidades, e a principal é a de protegê-lo até o fim. Os cães crescem, se transformam de filhotinhos fofos e inofensivos a enormes, enlouquecidos e potenciais destruidores de plantas, sapatos e jardins. As pessoas precisam entender a real responsabilidade de ter um animal e não podem tratá-los como objetos, desfazendo-se deles diante do primeiro obstáculo. Até certo momento eles são tudo na vida de alguém até que comecem a causar problemas. Até que adoeça, até que comece a latir demais, até que morda alguém, até que faça xixi no tapete, até que destrua seu sapato… A partir daí, passa a ser um problema, e como todo problema, tende a ser dispensado”.

Por isso, pense muito bem antes de colocar uma vida em sua vida!

Referências

CORONATO, M. 3 comportamentos péssimos que levam ao abandono de animais, medidos pelo Ibope. Época, 13 de Jun. 2016. Disponível em: <http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/3-comportamentos-pessimos-que-levam-ao-abandono-de-animais-segundo-o-ibope.html>. acesso em 03 de Jul.2016.

BRADSHAW, B. Cão senso. Rio de janeiro: Record. 2012.

Esse artigo também está presente no Jornal “O Guri” e pode ser visto no endereço: https://www.facebook.com/jornaloguri

Link para o jornal digital: http://www.youblisher.com/p/1477714-Jornal-O-Guri-Kennel-Clube-do-Rio-Grande-do-Sul-jul-ago-set-de-2016/

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Pet sitter, hospedagem domiciliar ou hotel: qual é o melhor serviço para o meu cachorro?

Todo tutor de cachorro enfrenta um grande dilema na hora de viajar ­­– Com quem deixarei o meu cãozinho? Qual serviço contratarei? Essa dúvida é muito comum para pais e mães de cachorros de primeira viagem, mas também existe entre àqueles que já usam algum serviço e ainda não estão seguros se o serviço contratado é o melhor para o seu peludinho.

Atualmente temos no mercado três tipos de serviço: o pet sitter, a hospedagem domiciliar e o hotel. Abaixo, explicarei como funciona cada um deles e qual o mais adequado para cada tipo de bichinho.

Pet sitter:

O pet sitter, também conhecido como cuidador ou babá de peludos, é o profissional que vai até a casa do pet quando o tutor está ausente. Nas visitas, o pet sitter higieniza o local, troca a água, coloca a comida (e, se necessário, ministra medicação), passeia e brinca. As visitas normalmente duram por volta de uma hora e o serviço pode ser realizado várias vezes ao dia. Há pet sitters que são contratados para dormir na casa, tudo dependerá da necessidade de cada bichinho.

O serviço é indicado para animais acostumados a ficarem sozinhos e que sofrem para adaptar-se a novos locais. Vale lembrar que animais com dificuldade de adaptação podem ficar em outros locais desde que um profissional da área faça o trabalho de adaptação antes que o tutor viaje e avalie se o bichinho, que está acostumado com a sua rotina, também ficará bem em outro local.

Por que em muitos casos o serviço de pet sitter é o mais indicado? Porque, como falei anteriormente, muitos animaizinhos sentem-se desconfortáveis ao sair de sua rotina, provocando grande estresse, mas quando permanecem em seus lares, embora sintam a ausência da família, ficam mais calmos pois estão em um ambiente conhecido.

Mariana e Paulo optaram pelo serviço de pet sitter da MariAmarela Pet Care para o Dendê e a Cacau.

Mariana e Paulo optaram pelo serviço de pet sitter da MariAmarela Pet Care para o Dendê e a Cacau.

Hospedagem domiciliar:

A hospedagem domiciliar começou a ganhar destaque nos últimos anos e, hoje, já temos até sites oferecendo o serviço. Essa modalidade é parecida com o hotel, mas não possui a mesma estrutura. Por ser feito na casa do profissional (normalmente dog walker, pet sitter ou adestrador), o animalzinho fica em um ambiente acolhedor e geralmente o número de peludos hospedados é pequeno. Além disso, os hóspedes podem ficar juntos com os peludos da casa e são tratados como membros da família. As refeições são dadas conforme a orientação do tutor (caso haja medicação também é fornecida) e, em muitas hospedagens, o passeio é mantido para que o cãozinho permaneça com a mínima alteração em sua rotina.

O serviço é indicado para animais sociáveis com cães e pessoas e que se adaptam sem dificuldade a novos locais. Mas ressalto que mesmo que o peludo possua um bom comportamento na presença de outros cães e pessoas, recomendo que seja feito o trabalho de adaptação antes da viagem. Por mais sociáveis que eles sejam, alguns cães podem não se adaptar em determinados ambientes. Por isso é importante contratar o serviço de um profissional da área, para que ele indique o serviço mais adequado para o seu peludo.

 Elsa é cliente de hospedagem domiciliar da MariAmarela Pet Care

Elsa é cliente de hospedagem domiciliar da MariAmarela Pet Care

Hotel

O hotel é o serviço mais tradicional e hoje já existem alguns que oferecem a hospedagem sem baias e com amplo espaço de recreação. Esse serviço costuma hospedar um grande número de peludos e, normalmente, há instrutores que ficam entre os cãezinhos para ajudar nos cuidados. Como são mais peludos em um mesmo ambiente, é comum que o hóspede não tenha tanta atenção como ocorre na hospedagem domiciliar, mas isso não significa que o animalzinho não será bem cuidado. Muitos peludos gostam de estar em contato com outros peludos e, quando estão em hotéis, interagem uns com os outros na maior parte do tempo.

A indicação para esse serviço é parecida com os animaizinhos que ficam em hospedagem domiciliar, ou seja, eles precisam ser sociáveis com cães e pessoas, adaptarem-se sem dificuldade a novos locais e não gostarem de ficar sozinhos.

Assim como na hospedagem domiciliar, é importante que o tutor e o peludo visitem o local escolhido e que seja feito um teste para avaliar o comportamento dele. Às vezes, nesses testes, o seu peludo pode apresentar um comportamento inesperado, que poderá ser trabalhado até a data da viagem. E, dessa forma, o tutor viajará despreocupado, pois certamente o animalzinho ficará bem em sua ausência.

Como você deve ter notado, a diferença entre hospedagem domiciliar e hotel é pequena, porém pode ser bastante significativa para o cão. Lembre-se que, na hospedagem domiciliar, a atenção dispensada a ele é maior e que a sua rotina permanece próxima ao que ele já está acostumado.

Encontrar a opção mais adequada não é uma tarefa simples, por isso, antes de viajar, entre em contato com antecedência com um adestrador comportamentalista que o auxiliará nessa busca. E lembre-se, sempre procure referências dos serviços que pretende contratar. Com a internet e as redes sociais é possível fazer uma pesquisa detalhada sobre os profissionais que oferecem os serviços. Seguindo as recomendações de um profissional o seu peludinho será bem cuidado e você viajará tranquilo!

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Alimentação natural – você sabe o que é?

Se você nunca ouviu falar sobre alimentação natural (AN), não se assuste, pois embora o assunto venha ganhando destaque nos últimos anos, aqui no Brasil, ainda é comum que tutores desconheçam o tema. Substituir a ração do seu pet por alimentação natural é, na prática, oferecer uma alimentação mais próxima a que o cão naturalmente teria. Ou seja, rica em proteína animal, úmida, variada e pobre em carboidratos.

Segundo a American Association of Feed Control Officials (AAFCO) “alimentos naturais para cães e gatos não podem conter corantes artificiais, conservantes artificiais, flavorizantes, aromatizantes e palatabilizantes artificiais, óleos e gorduras sintéticas e umectantes artificiais. Ainda segundo o autor, a decisão pelos alimentos naturais para pets incluem proprietários que já utilizam alimentos orgânicos e naturais para si próprios, que desejem produtos mais caros e mais elaborados, pressupondo que estes sejam os melhores e finalmente, uma terceira condição; queiram um alimento “seguro” para seus animais” (SAAD; FRANÇA, 2010).

Como pudemos ver, é comum que os tutores interessados por esse tipo de dieta possuam uma preocupação com a sua própria alimentação. Porém, todos que gostam de seus animais de estimação deveriam interessar-se por esse assunto. Segundo Sylvia Angélico, veterinária, nutróloga e uma das responsáveis pelo site Cachorro Verde, há uma relação direta entre o consumo da ração seca e o aparecimento de doenças crônicas – renais, hepáticas, alergias, diabetes, tumores – em animais cada vez mais jovens, pois além da ração seca não possuir umidade adequada, sua fórmula não é variada e os animais acabam consumindo o mesmo alimento durante anos, “o que pode promover estresse metabólico, prejudicando o sistema urinário inferior e desgastando os rins – principalmente em relação aos gatos, que descendem de felinos de deserto. […] Já é comprovado cientificamente em humanos que o consumo massivo de alimentos industrializados aumenta consideravelmente o risco de doenças degenerativas.” (ANGÉLICO, 2013) Se acreditarmos que o mesmo vale para os animais, o alimento industrializado que fornecemos aos nossos pets, provavelmente, também favorece o aparecimento desse tipo de doença.

Segundo Saad e França, em seu artigo Alimentação natural para cães e gatos, “O interesse atual sobre novas alternativas alimentares para cães e gatos, a parte a rações comerciais convencionais, teve inicio devido a um grande recall ocorrido nos Estados Unidos entre março e abril de 2007. Nesta data a empresa canadense Menu Foods, a maior fabricante de rações da América do Norte, anunciou que retiraria do mercado 60 milhões de enlatados para animais. O motivo do Recall foi a morte de 16 animais (oficialmente confirmadas) com falência renal e hepática. Neste período, a FDA (Food and Drug Administration), agência responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos nos EUA, recebeu mais de 14. 000 reclamações sobre animais domésticos com sintomas de perda de apetite, vômitos e apatia, os principais sintomas da intoxicação.

O incidente assumiu grandes proporções a partir da identificação do agente causador, o glúten de trigo importado da China e contaminado com melamina (C3H6N6): composto orgânico, comumente produzido a partir da uréia, utilizado na indústria plástica (resina melamina-formaldeído), além de constituir subproduto de vários pesticidas, inclusive da ciromazin. Fontes de nitrogênio não protéico (NNP), principalmente a uréia, são utilizadas em nutrição de animais ruminantes, que convertem o nitrogênio (N) em proteína, através da atividade bacteriana ruminal. Animais monogástricos não são hábeis em utilizar o NNP, sendo essas fontes incomuns na indústria pet food” (SAAD, FRANÇA, 2010).

A partir desse triste evento, a atenção sobre a composição da ração seca passou a ser amplamente questionada. Afinal, se você consultar o rótulo de qualque ração seca certamente encontrará alguns dos seguintes itens:

  • Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).
  • Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).
  • Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.
  • Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.
  • Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental (ANGÉLICO, 2013).

Desse modo, conhecer a composição da ração, já seria um grande estímulo para deixarmos de fornecer alimentação seca aos nossos peludos. Porém, se essa dieta não for feita de forma adequada, é melhor que o tutor continue com a ração seca. Isso porque, caso a AN seja ministrada de forma errada, você poderá causar diversos problemas de saúde a seu melhor amigo.

Eu com o Carlos e a veterinária e nutróloga Sylvia Angélico (Cachorro Verde)

Eu com o Carlos e a veterinária e nutróloga Sylvia Angélico (Cachorro Verde)

 

Alimentação natural não é dar os restos de comida do almoço, misturar ração com comida e muito menos preparar arroz, frango e cenoura todos os dias. A AN precisa ser oferecida de forma equilibrada, fornecendo ao animalzinho todos os nutriente e vitaminas necessários para uma vida saudável.

Além disso, ainda encontramos veterinários que não recomendam a dieta, mas isso comumente deve-se ao desconhecimento dos benefícios da alimentação ou ao receio de que o tutor ofereça uma dieta desbalanceada. Muitos mitos também atrapalham a escolha por esse tipo de dieta, por exemplo, o fato de alguns tutores acharem que o oferecimento de pedaços de carne a seus pets poderá resultar em dor de barriga ou desnutrição; sem falar nos temidos ossos. Claro que oferecer AN(s) para os peludos exige alguns cuidados, como estudar sobre o assunto e preparar uma dieta balanceada para cada animalzinho. E foi isso que eu fiz antes de começar a oferecer a dieta para os meus cães, estudei sobre o assunto e fiz um curso de alimentação natural.

Minha experiência com a AN ocorreu quando Maria, a minha cachorrinha, começou a recusar ração seca. Somado a isso, ela estava passando por uma crise de gastrite, pois tinha comido o lixo da cozinha. Como a gastrite persistia e ela ainda teve uma reação alérgica a algum alimento que estava no lixo, comecei a procurar alternativas que poderiam melhorar o quadro dela. E foi então que descobri o site Cachorro Verde, que me ajudou a resolver o caso de irritação de estômago. Descobri que a gastrite fazia a Maria vomitar a ração que comia, e os vômitos só cessaram quando ela passou a comer frango cozido e arroz em pequeníssimas quantidades.

Na mesma época, meu cachorro Carlos começou a ter problemas nas patas dianteiras e não conseguia apoiar a direita no chão. Após os exames, tudo indicava que ele tinha uma hérnia de disco na região cervical. O peso do Carlos também era um agravante para a doença, e a mudança para a alimentação natural ajudou na perda de peso.

Para ter mais segurança, fiz o curso de alimentação natural da veterinária e nutróloga Sylvia Angélico. Após o curso, comprei uma balança de precisão, potes para estocar comida e, com a apostila na mão e os dados sobre a quantidade correta de cada nutriente, comecei a oferecer aos meus cães a alimentação natural caseira. A adaptação ocorreu nas primeiras refeições, a Maria, por exemplo, começava a babar só de me ver preparando a comida; o Carlos, que já comia a ração sem problemas, parecia um monstrinho só de ver a balança de precisão na minha mão.

Já faz um ano e cinco meses que iniciamos a alimentação natural caseira. O Carlos emagreceu cinco quilos e mantém o peso. A Maria, por sua vez, nunca mais se recusou a comer, come com gosto e é apaixonada por frutas, que na maior parte das vezes são usadas como petiscos.

Notei que meus cães tiveram uma melhora na qualidade de vida e por isso tento mostrar que é possível dar a esses pequenos peludos de quatro patas que tanto amamos uma vida livre de conservantes e corantes. Por meio de uma alimentação balanceada, os problemas de pele, excesso de peso – uma ração super premium pode concentrar até 4000 calorias por quilo enquanto a alimentação natural tem por volta de 1600 calorias –, ­­otite e leves coceiras podem ser tratados. Os animais que possuem outros problemas de saúde, por exemplo a insuficiência renal, também podem comer AN; mas nesses casos, é necessário o acompanhamento de um veterinário da área. E lembre-se, assumir a alimentação natural é um compromisso sério com o seu cão e precisa ser seguida direitinho. Mas caso continue com a ração, escolha as que são livres de transgênicos, que possuam baixa quantidade de carboidratos e elevados níveis de proteína como a N&D e a Hercosul Biofresh.

Referências:

SAAD, M. de O. B.; FRANÇA, J. Alimentação natural para cães e gatos. R. Bras. Zootec. Vol. 39  supl.spe. Viçosa – MG Julho 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982010001300007>. Acesso em: 10 out. 2015.

ANGÉLICO, S. Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Cachorro Verde. 2013. Disponível em: <http://www.cachorroverde.com.br/index.php/por-que-optar-por-dieta-caseira-ao-inves-de-racao/>. Acesso em: 13 out. 2015.

http://www.cachorroverde.com.br/index.php/por-que-optar-por-dieta-caseira-ao-inves-de-racao/

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Adoção responsável – Será que estou pronto para ter um animal de estimação?

Resolvi escrever este texto sobre adoção responsável pois trata-se de um tema relevante, tanto para nós, que amamos animais, como para aqueles que pretendem adotar um novo companheiro.

Adotar animais por impulso infelizmente é um hábito comum. E o final dessas histórias, em grande parte dos casos, é triste. Geralmente os animais adotados acabam devolvidos para os abrigos de que foram retirados ou são doados para terceiros, há, ainda, os que não possuem tanta sorte e são abandonados. Por isso, quando alguém me aborda querendo adotar um animalzinho, procuro expor os contras de se ter a responsabilidade por uma vida e somente depois os incontáveis prazeres de se ter um bichinho de estimação ao nosso lado.

Semanas atrás, um amigo veio me visitar e expôs sua vontade de adotar um cãozinho. Disse-me que desde o término de seu último relacionamento, há dois meses, sentia-se muito sozinho e estava pensando em preencher um pouco do vazio adotando um cão de pequeno porte. Assim que terminou de falar, fique muito preocupada, pois sabia do estilo de vida que ele levava, e expus minha opinião.

Normalmente, ele se esquecia até de regar as plantas de seu apartamento, que secavam e morriam. Além disso, costumava passar mais tempo viajando a trabalho do que em casa e, nos finais de semana, saia sem horário para voltar. Ou seja, ter um animalzinho nesse momento de sua vida o atrapalharia muito, a não ser que ele estivesse disposto a mudar a sua rotina.

Segundo o Jornal A Folha de S. Paulo, o Brasil é o segundo do mundo em número de cães e gatos, perdendo apenas para os Estados Unidos. Há pelo menos um animal de estimação para cada duas pessoas, e esse número tende a crescer uma vez que a população de pets cresce mais rapidamente quando comparada a dos humanos.

Uma das razões dessa expansão no número de pets, ainda segundo o jornal, “seria pelo reconhecimento dos benefícios da interação entre animais e seres humanos para a saúde de ambos – motivo de diversos estudos, especialmente nos Estados Unidos. Algumas pesquisas comprovam que a convivência é capaz de ampliar a autoestima das pessoas, reduzir problemas cardíacos e auxiliar a família na diminuição do estresse. Um dos levantamentos constatou que as que têm animais de estimação gastam menos com remédios”.

Devido a tantos benefícios não é de se estranhar que os pets estejam cada vez mais presente nas casas das pessoas, e por isso meu amigo desejava tanto ter um. Porém, após conversarmos, ele desistiu da adoção, mas disse que não descartaria a possibilidade de fazê-la futuramente, quando a sua vida estivesse mais tranquila. Fiquei feliz em ver que ele refletiu sobre a responsabilidade de se ter um bichinho e não fez uma adoção por impulso. Mas como falei anteriormente, ainda há um grande número de pessoas que o fazem.

Ser tutor de um animal não significa simplesmente colocar a comida no pote e limpar as fezes. Ter um animal é saber que ele poderá viver de 10 a 20 anos, dependendo da espécie e raça, e que nesse tempo ele poderá adoecer, desenvolver comportamentos indesejáveis e você será o responsável por resolver esses problemas. Sei que pode parecer muito duro expor os contras de uma adoção, mas é importante que o adotante esteja ciente de tudo isso para que o número de animais abandonados não cresça.

Mas quais procedimentos precisam ser tomados para que uma adoção aconteça de forma segura? Para esclarecer essa dúvida, consultamos a ONG Associação Natureza em Forma, localizada no Centro de São Paulo e que possui 12 anos de existência. Segundo a veterinária responsável, Maria Eugenia Carretero, para que um animalzinho da ONG seja adotado, o candidato precisa ser maior de 21 anos, apresentar documentos como RG, CPF, comprovante de residência; e passar por uma entrevista, e solicitam também uma contribuição de no mínimo R$ 60,00 para a ONG. O intuito da entrevista é traçar o perfil do candidato para saber se ele está apto a ter um animalzinho. Além disso, a ONG informa as necessidades básicas e os cuidados para que o animalzinho tenha uma vida saudável e segura. No caso dos cães, eles falam, por exemplo, da necessidade de passeios diários. Quando o candidato passa na entrevista, que tem duração aproximada de 1 hora, ele assina o contrato de adoção e pode levar o bichinho. A ONG faz um acompanhamento mensal no novo lar até o fim da vida do animal. Ainda segundo a veterinária Maria Eugenia, o fato de o adotante precisar passar por uma longa entrevista e ter que fazer uma contribuição obrigatória diminuiu consideravelmente a adoção por impulso.

Segundo John Bradshaw, autor do livro Cão Senso “A maioria das pessoas acredita que cães de companhia devem ser amigáveis, obedientes, robustamente saudáveis, fáceis de controlar, seguros com crianças, facilmente treináveis em casa e capazes de mostrar afeição por seus donos. Muitos donos também valorizam o contato físico com seu cachorro – uma descoberta que não deve surpreender, pois agora sabemos que acariciar um cão não só reduz os hormônios do estresse como também leva ao surgimento do hormônio do “amor”, a oxitocina. (…) Mas a maior parte dos donos de cachorro não prioriza a personalidade quando escolhe um cão. Por exemplo, muitos valorizam mais a aparência do que o comportamento e consideram  a treinabilidade como relativamente sem importância, mesmo que esperem que os cães sejam obedientes ” (2012, p. 371).

Ou seja, por levar em conta apenas a aparência do animal e por não saber como lidar com desordens comportamentais, muitos cães acabam sendo abandonados. O abandono e a separação de seus donos pode causar sérios problemas psicológicos; a nova rotina do canil ou das ruas, que pode ser altamente estressante para muitos deles, ainda agrava a situação. Por isso, a adaptação do cãozinho ao novo ambiente precisa ser feita com cautela e paciência.

Uma dica importante para que o abandono e a devolução de cães diminuam, seria a de conhecê-lo melhor antes de levá-lo para casa. Se for um cãozinho de ONG, visite algumas vezes o local em que o pretendente está, peça para passear com ele, pergunte sobre seu comportamento às pessoas que convivem com ele. Assim, você conseguirá escolher um cão que se adapte melhor ao seu estilo de vida. De repente, você prefere um cão mais agitado, já que gosta de correr e praticar esportes; então cães mais elétricos são uma ótima opção. Mas se você procura um cãozinho mais calmo, cães mais velhos serão melhores, pois são mais tranquilos e não exigem tanta atividade física. Só adote um filhote se você tiver bastante tempo disponível, pois filhotes necessitam de mais atenção e cuidados que cães adultos.

Gatos são mais independentes, por isso, se você é o tipo de pessoa que se ausenta muito, talvez adotar um gatinho seja uma boa escolha! Além deles, outros bichinhos como roedores, aves e peixes demandam menos tempo de cuidado quando comparado aos cães.

Lembre-se que a adoção de um animalzinho é uma grande responsabilidade e você precisa estar pronto para assumi-la! Adote de forma consciente!

Referências:

MELHORES Amigos dos brasileiros. Folha de São Paulo, 14 de Março de 2015.

BRADSHAW, B. Cão senso. Rio de janeiro: Record. 2012.

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Pegadas do Carlos – I

Carlos foi encontrado perambulando na rua em 2008.

Carlos foi encontrado perambulando na rua da Consolação, próximo ao centro da cidade, em 2008.

Estava chuviscando naquela noite gelada de Julho, e, embora eu tivesse um couro grosso ainda sentia um pouco de frio. Não me lembro como fui parar lá. Havia muitos carros, ônibus e humanos andando apressados de um lado pro outro.  Eu tentava acompanhar um ou outro, mas nenhum deles sequer me olhava. Caminhando entre humanos e mais humanos e tantos deles desumanos, entre pontapés e espantos, avistei uma moça de olhos puxados que sorriu para mim. Apenas sorriu! Tentei acompanhá-la, mas ela começou andar mais e mais rápido. Como eu possuo quatro patas ela ficou em desvantagem, e assim andei ao seu lado corajosamente para que ela me tirasse dali. Paramos no ponto de ônibus, ela me olhou e com os olhos brilhando tentou me enxotar, mas não foi como os outros feito aos gritos ou chutes, ela simplesmente dizia para eu ir embora. Já estava tarde e a temperatura caía. Não sei o que ocorreu, mas quando abri os olhos ela estava me chamando. Fui e percorremos o mesmo caminho de forma inversa. Voltamos ao lugar em que a vi pela primeira vez e ela pediu que eu ali ficasse. Sentei e fiquei a observando por alguns instantes, ela saiu e refez o mesmo caminho, e assim fui atrás dela que suplicava para que eu ficasse aonde eu estava. Caminhei até o ponto, ela fez sinal para ônibus que parou, mas ela não entrou.  Pegou o celular e enquanto falava eu deitei, aguardei um pouco e voltamos mais uma vez ao mesmo local. Lá aguardamos por mais de uma hora até a chegada de um carro que era conduzido por uma moça bem vestida que tentou me seduzir com um pão duro com a finalidade de que eu entrasse naquele carro. Eu gosto de pão, mas não de pão velho! Entrei em desespero e rosnei enquanto a moça de olhos puxados preocupada me convidava a entrar também. Percebi que as minhas rosnadas não surtiram efeito, quase desmaiei, e quando me acalmei já me encontrava dentro do carro que partiu imediatamente.

Campanha de doação de órgãos

Vale a pena assistir!

A Fundacion Argentina de Transplante Hepatico lançou uma campanha comovente para doação de órgãos.
A história é da convivência entre um senhor e o seu cãozinho. Um dia, o senhor passa mal e é levado para o hospital. Seu cãozinho que estava sempre acostumado a acompanhá-lo nas atividade diárias, segue a ambulância em que o tutor se encontra até chegar no hospital.

O final você pode acompanhar aqui!

Quem é MariAmarela ??

Eu nasci e vivi bem quase 2 meses com os meus irmãozinhos e a minha mãe peluda, mas depois tive um traumatismo craniano que foi o resultado de uma briga entre a minha ex-tutora e sua irmã. Fui resgatada juntamente com os meus irmãos e levada às pressas para o hospital veterinário. Essa foto aí que eu tô com a carinha e cabeça inchadas foram o resultado do trauma (a cachorrinha na cadeira é a minha mãe peluda). Fiquei entre a vida e a morte durante semanas e durante esse tempo eu sentia dores terríveis; eu gritava de dor de tempos em tempos,vomitava, fazia cocô e xixi na minha caminha e na minha mamãe porque eu não me equilibrava para caminhar, eu me arrastava. Tomei remédios fortíssimos como tramadol para controlar a dor.
Durante a minha convalescência, a minha mamãe humana conseguiu bons lares para os meus irmãos, e eu me recuperei! A minha mãe me disse que o dia mais feliz ocorreu em uma consulta veterinária durante o meu tratamento, e consistiu no seguinte: o veterinário pediu que um teste fosse feito para saber se eu voltaria a andar, e foi feito assim: a minha mãe humana me colocou em uma extremidade da sala e ela foi até a outra extremidade e me chamou. Eu, mesmo com muita dificuldade, consegui caminhar em sua direção e nessa hora, ela começou a chorar porque viu que eu voltaria a andar e que eu não ficaria com sequelas.
Hoje, eu sou a Maria ou MariAmarela, pois sou amarelinha,  tenho 4 anos, e sou uma cachorrinha saudável e muito alegre!
E adoro uma meia suja!   🙂
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Alimentação Natural ou AN(s) para os pets.

Vamos conversar um pouco sobre Alimentação Natural para pets?

Para esclarecer mais sobre esse assunto que vem ganhando destaque, nada melhor do que conversar com quem realmente entende do assunto. Bora ver a nossa conversa com a Sylvia Angélico, criadora do site Cachorro Verde. Vale muito a pena assistir para entender a importância da alimentação na vida dos nossos bichos.