O amor e o respeito pelos animais vieram com o meu nascimento. Sem saber o porquê sentia uma grande empatia ao olhar cada animal abandonado; me via perambulando atrás de comida, com sede e sendo chutada pelos seres da minha espécie. Quando criança tive poucos cãezinhos. O primeiro foi Totó, depois veio o Guto, Duque, Nica e mais tarde, a doença de minha mãe, a depressão. Um dos remédios que melhor surtiu efeito foi o Zeca, um Cocker spaniel inglês. A partir de então o tímido amor que minha mãe sentia pelos animais, em especial, os cães, veio à tona de forma tão surpreendente que eu nem imaginava. Depois vieram a Rita, Talita, Fred, King, Cacau preta, Mana, Hana, Ana, e tantos outros… Sendo a maioria resgatada por maus-tratos. Com o tempo, minha mãe ficou conhecida no bairro por cuidar de tantos animais; e assim vieram os pedidos de ajuda para outros animais que embora tivessem “lares”, o tutor não possuía os devidos cuidados pela falta de recursos. Mas, infelizmente, hoje, minha mãe já não consegue mais auxiliar tantos animais com o salário de professora. Por isso, estamos aqui para divulgar o trabalho de protetora independente da minha mãe, o meu trabalho de adestradora, passeadora e cuidadora, e informá-los sobre a bicharada.